O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, afirmou no sábado (22), que as empresas portuguesas Galp e EDP vão investir € 5,7 bilhões nos próximos anos em projetos energéticos no Brasil. O anúncio foi feito durante a XIII Cimeira Luso-Brasileira. O evento faz parte da agenda do presidente Lula em Portugal, em sua primeira viagem oficial à Europa no terceiro mandato.
Ao todo, 13 acordos foram assinados nessa cimeira, que é a palavra utilizada pelos portugueses para descrever encontros entre governos.
Galp aposta em renováveis
Há um ano, a portuguesa Galp fechou acordos com a SER Energia e Casa dos Ventos para aquisição de 4,8 GW em novos projetos de energias renováveis no Brasil. A carteira de ativos, em fase de desenvolvimento, permitirá à empresa mais que dobrar seu portfólio global de renováveis.
A transação também marca a expansão da companhia rumo ao mercado de energia eólica do Brasil. Até então, a petroleira portuguesa possuía apenas projetos de energia solar fotovoltaica no país.
O acordo com a SER Energia abrange a aquisição de projetos em desenvolvimento de energia solar fotovoltaica, com uma capacidade máxima total de 4,6 GW pico. Já o contrato com a Casa dos Ventos inclui um cluster de 216 MW de parques eólicos em desenvolvimento no Nordeste.
EDP investe em hidrogênio
A EDP Brasil produziu em dezembro a primeira molécula de hidrogênio verde (H2V) em sua nova unidade de geração de São Gonçalo do Amarante, no Ceará. Segundo a companhia, a produção marca a primeira etapa do projeto piloto no Complexo Termelétrico do Pecém (UTE Pecém).
A planta conta com uma usina solar com capacidade de 3 MW e um módulo eletrolisador com capacidade de produzir 250 m3/h do gás.
Com investimento de R$ 42 milhões, a unidade é a primeira do estado e a primeira do grupo EDP, que está investindo na tecnologia de H2V como parte da sua estratégia de transição energética.
Até 2025, o grupo planeja investir cerca de R$ 18,2 bilhões no país, sendo R$ 5,7 bilhões em energia solar.
Com informações da EPBR