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Energia eólica: Brasil adicionará 4 GW de capacidade ao ano

O percentual é referente aos 8 GW produzidos pelo estado, marca alcançada neste mês de agosto( Foto: Sandra Monteiro)

O Brasil deve fechar este ano com 29 GW e 2024 com 33 GW de capacidade instalada de energia eólica, um crescimento médio de 4 GW por ano. A afirmação é da presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, em entrevista, à plataforma de negócios BNamericas.

Para ela, o maior desafio da indústria eólica é a capacidade de expansão da demanda, que tem sido muito baixa nos últimos anos.

“Migramos para o mercado livre, que tem sido bastante virtuoso, mas esse crescimento também vem caindo”, apontou ela.

A queda se deve à própria redução da demanda, considerando o processo de migração que já vem ocorrendo, mas o principal fator é que o PLD, preço de referência do mercado livre, é muito baixo, o que inibe a assinatura de contratos de compra e venda de energia (PPAs).

A transmissão de energia é outro desafio, dada a “corrida do ouro” dos projetos de geração distribuída provocada pelo fim da tarifa de uso do sistema de transmissão (TUST), resultando em um número de projetos maior do que o sistema é capaz de absorver.

Outra questão problemática é a taxa de juros do Brasil, que está em 13,75%, a mais alta entre as grandes economias.

“Pensando em um cenário de médio prazo, com redução de juros, isso deve melhorar nossa situação. Mas o ponto central, sem dúvida, é com relação à demanda”, disse Gannoum.

Dados gerais

O Rio Grande do Norte está próximo de atingir 8 GW de capacidade instalada de energia eólica, a maior entre todos os estados do país.

Segundo dados da Aneel, o estado nordestino conta hoje com 252 parques em operação, totalizando 7,9 GW. Considerando os projetos já autorizados, mas que ainda não entraram em operação, o Rio Grande do Norte já tem 8 GW.

No dia 21 de julho, o estado ganhou um novo parque eólico, depois que a Alupar Investimentos iniciou a operação do projeto AW São João, no município de Jandaíra. O ativo é composto por seis unidades geradoras de 4,2 MW, totalizando uma capacidade instalada de 25,2 MW.

O estado da Bahia ocupa o segundo lugar, com 7,6 GW, seguido por Piauí (3,5 GW), Ceará (2,6 GW), Rio Grande do Sul (1,8 GW) e Pernambuco (1 GW), considerando os estados com mais de 1 GW de potência em operação.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a capacidade nacional é de aproximadamente 26 GW.

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