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Energia solar registra crescimento de 60% em abril

Dados da CCEE mostram que a fonte fotovoltaica produziu 3.033 MWmed no período, ante 1.602 MWmed em dezembro de 2022 (Reprodução)

O Brasil encerrou o mês de abril com estabilidade no consumo de energia elétrica, com 65.265 MW médios – um volume semelhante ao que foi registrado no mesmo período de 2022. As fontes alternativas seguem com participação significativa na produção de energia elétrica. Os parques eólicos entregaram 7 MW médios, apesar de um declínio de 2% no comparativo anual, e as fazendas solares geraram mais de 2 MW médios em abril deste ano, um volume quase 60% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

Os dados são do novo boletim divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Segundo o documento, dos 65.265 MW consumidos em abril, 24.214 MW médios foram utilizados pelo Mercado Livre, que fornece eletricidade para a indústria e grandes empresas, como shoppings e redes de varejo. O volume representou um leve aumento de 0,4% frente ao mesmo período do ano passado.

O demais 41.051 MW médios foram direcionados ao mercado regulado, no qual estão as residências e pequenos comércios, registrando uma ligeira queda de 0,2% no comparativo anual.

Ainda de acordo com a CCEE, no caso do mercado regulado, a demanda poderia ter sido 3,4% maior em abril se não fossem os painéis solares instalados na modalidade de geração distribuída (GD).

Isso ocorre, pois nesse tipo de sistema os consumidores contam com produção própria de energia em boa parte do dia e dependem menos do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Geração de energia

Além dos 7 MW gerados pelos parques eólicos e os 2 MW médios das fazendas solares, as hidrelétricas forneceram aproximadamente 53.828 MW médios para a rede elétrica em abril e recuaram 1% na matriz.

Já as usinas de geração térmica registraram um aumento de quase 15% por causa de uma participação maior das usinas a biomassa da cana-de-açúcar.

Na avaliação regional, as maiores altas por demanda de energia ficaram concentradas nas regiões Nordeste e Norte, influenciadas por avanços no Mercado Livre e por temperaturas acima da média registrada no mesmo período do ano passado, cenário que aumenta o uso de equipamentos de refrigeração, como o ar-condicionado.

Em relação aos declínios, as regiões Sudeste e Centro-Oeste tiveram a menor demanda por causa do clima mais ameno. O Espírito Santo teve a maior queda, de 4,7%, seguido por Mato Grosso do Sul (-3,9%) e Rio de Janeiro (-3,8%).

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