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EPE: produção de energia solar cresceu 80% em 2022

Foram adicionadas 67 usinas fotovoltaicas de geração centralizada no Brasil, somando 2,3 GW no período (Reprodução)

A produção nacional de energia elétrica das usinas centralizadas somou 677.437 gigawatt-hora (GWh) em 2022. O crescimento é de 3,3% em relação ao ano anterior. Destaque para as usinas solares, que atingiram 30.126 GWh no ano passado, crescimento de 79,8% em relação ao ano anterior. Os dados são do mais recente Anuário Estatístico de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

De acordo com a EPE, a maior produção foi das hidrelétricas, com 427.114 GWh (+17,7%). A energia eólica gerou 81.631 GWh, crescimento de 12,9%; a biomassa produziu 52.047 GWh (+12,9%).

“Essa elevação na geração hidráulica está diretamente relacionada ao regime hidrológico favorável observado em 2022, o qual resultou no maior despacho de usinas hidrelétricas e contribuiu para redução do despacho de termelétricas a combustíveis fósseis. Por esse motivo, as maiores quedas percentuais foram observadas na geração termelétrica a gás natural (-51,6%), derivados de petróleo (-57,2%) e carvão (-54,6%). Tais movimentos contribuíram para a redução da participação destes combustíveis fósseis na matriz de geração elétrica nacional de 18,7% em 2021 para 8,5% em 2022, enquanto a geração hidrelétrica retomou sua contribuição em 2022 para 63%, patamar similar ao observado em 2020”, diz o documento.

Apesar da queda das usinas fósseis, as térmicas a gás natural, derivados do petróleo e carvão produziram, respectivamente, 42.035 GWh, 7.816 GWh e 7.988 GWh.

Potência instalada

As usinas fotovoltaicas também se destacaram na adição de potência instalada, com crescimento de 59,5% em relação a 2021, passando de 4.632 MW para 7.387 MW ao final de 2022. Logo atrás vieram os parques eólicos, com aumento de 14,3% no período, passando de 20.771 MW para 23.744 MW.

Entre as usinas fósseis, a única a apresentar crescimento foi a termelétrica a gás natural, variando 7,5%, passando de 16.219 MW para 17.437 MW no período.

Assim como a nuclear (1.900 MW) e as térmicas a carvão (3.203 MW), as grandes hidrelétricas ficam estagnadas (103.195 MW), mas as pequenas usinas hídricas variaram 3,6% (CGH) e 2,7% (PCH), para 863 MW e 5.662 MW, respectivamente.

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