O grupo Neoenergia Cosern registrou prejuízo de R$ 5,4 milhões em perdas comerciais ocasionadas pelos furtos na rede elétrica da companhia. O dado, referente a 2022, corresponde a 24,8 gigawatts/hora furtadas por meio dos chamados “gatos”. O total de energia subtraído daria para abastecer todo o município de Mossoró (300 mil habitantes), ao longo de 11 dias ou as cidades de Baraúna (28 mil habitantes) e Pau dos Ferros (30 mil habitantes), juntas, por um mês.
Os números foram revelados pela presidente da Neoenergia Cosern, Fabiana Lopes, em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, no último sábado (25). Segundo a executiva, embora a concessionária consiga aplacar as perdas, as ligações clandestinas ainda representam um desafio a ser superado pela companhia.
“Os ‘gatos’ sempre são um grande desafio, mas nossa eficiência em mitigar essas perdas é muito significativa. É importante lembrar que é uma conta que todo mundo paga e que fazer ‘gato’ é crime”, alerta.
Transição energética
Fabiana Lopes comentou ainda sobre o processo de transição energética e a participação da Neoenergia Cosern nas energias renováveis no Rio Grande do Norte. Ao elencar projetos da companhia no setor, ela lembrou que o processo não se trata de um desafio, mas, sim, uma realidade no Estado.
“Aqui no Rio Grande do Norte, a primeira usina eólica foi uma usina do grupo Neoenergia, que integra o grupo Iberdrola, um player mundial de maior conhecimento e desenvolvimento tecnológico em geração eólica. Aportar esse conhecimento para o Brasil e para nossa região, que possui uma inserção muito grande de fotovoltaica eólica, para nós não é um desafio. É uma realidade. Firmamos uma parceria recente de desenvolvimento de projetos de hidrogênio verde no Estado e estamos trabalhando muito fortemente no desenvolvimento de eólica offshore (no mar)”, pontuou a presidente.
