A produção de energia solar das usinas fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 84,4% na primeira quinzena de julho. Foram gerados 2.319 megawatts médios (MWmed) ante os 1.258 MWmed produzidos no mesmo período de 2022. Os dados são do último boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Também apresentaram crescimento as fontes térmica e eólica, com avanços de 10,6% e 1,3%, respectivamente. A geração hidráulica registrou queda de 7,3%. Conforme a CCEE, a geração de todas as fontes somou 65.851 MWmed na quinzena, redução de 1,7%.
Conforme a Câmara, o consumo de energia elétrica no (SIN) registrou 62.923 MW médios, representando uma queda de 2,4% na comparação com o julho de 2022. Com impacto dos dados faltantes, o Ambiente de Contratação Livre (ACL) apresentou retração de -3,2% e o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) registrou redução de 1,8%.
Na análise climatológica, com relação as temperaturas observadas no mesmo período de 2022, os valores de temperaturas máximas verificados em 2023 foram inferiores em todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com exceção de parte de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.
O destaque foi o avanço de um ciclone extratropical que causou chuvas expressivas na região Sul e, ante a 2022, reduziu as temperaturas no Centro-Sul do país. Diante desse cenário, foi observada uma redução do consumo em 2023 ante a 2022 nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com as maiores quedas nos estados de Tocantins (-8,1%), Mato Grosso do Sul (-7,4%), São Paulo (-6,9%) e Rio de Janeiro (-6,1%).
Com relação as regiões Norte e Nordeste, as temperaturas máximas estiveram acima e/ou igual ao ano anterior em todos os estados. Pode-se destacar as chuvas reduzidas na faixa litorânea, área que cobre as principais capitais do Nordeste em 2023.