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Governo pede reanálise da Petrobras sobre venda de ativos

Polo Potiguar, no RN, é um dos cinco contratos já assinados pela Petrobras (Divulgação/Petrobras)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou nesta quarta (29), ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, adoção de providências para a “melhor avaliação” sobre as estratégias de desinvestimentos da empresa, antes da análise do seu Conselho de Administração, que está agendada para acontecer hoje.

O movimento, que acontece no dia da posse da nova diretoria da Petrobras, é uma resposta ao ofício encaminhado ao Ministério de Minas e Energia (MME), no último dia 17,  informando que estudo feito pela empresa indicou que os projetos de desinvestimento em que já houve contratos assinados (signing) não têm fundamentos para serem suspensos.

Os demais projetos continuarão em análise, informou a empresa na época.

“De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o pedido de reexame da questão dos desinvestimentos a partir da eleição da nova diretoria executiva, indicada pelo atual presidente da Petrobras, se justifica para que sejam preservados os interesses nacionais, respeitando-se as regras de governança da companhia”, diz a nota divulgada pelo Ministério de Minas e Energia.

Na última semana, o presidente Lula exigiu publicamente que a Petrobras interrompa a venda de todos os ativos. Questionado sobre o anúncio da companhia, de continuidade das negociações nos casos em que há contratos assinados, reconheceu que há uma “briga jurídica”.

“A gente já avisou para o presidente da Petrobras, o companheiro Jean Paul [Prates], que é preciso suspender todas as vendas de ativos. Não tem condições de continuar vendendo”, disse Lula, em entrevista ao Brasil 247, na terça-feira (21).

A Petrobras tem, hoje, cinco contratos assinados, aguardando conclusão do negócio, para venda dos ativos: a refinaria Lubnor, no Ceará, para a Grepar Participações, por US$ 34 milhões; Polo Potiguar (campos terrestres no Rio Grande do Norte), para a 3R Petroleum, por US$ 1,38 bilhão; Polo Norte Capixaba (campos maduros onshore no Espírito Santo, para a Seacrest, por US$ 544 milhões; Polos Golfinho e Camarupim, no pós-sal da Bacia do Espírito Santo, para a BW Energy, por US$ 75 milhões; Campos de Pescada, Arabaiana e Dentão, em águas rasas da Bacia Potiguar, para a Ouro Preto Óleo e Gás (hoje 3R), por US$ 1,5 milhão.

 

 

Com informações da EPBR

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