A diretoria executiva da Petrobras desistiu da venda do Polo Bahia Terra, que estava em negociação com o consórcio PetroReconcavo/Eneva. A decisão da estatal sobre o encerramento do desinvestimento do ativo foi comunicada nesta segunda-feira (4). O Polo Bahia Terra inclui 28 campos terrestres de óleo e gás e uma infraestrutura completa de downstream. O processo de venda ainda não estava na fase de assinatura de contrato.
No comunicado, a estatal afirma que a o fim das negociações em torno do ativo tem como base nos novos elementos estratégicos aprovados pelo Conselho de Administração.
“A companhia deverá maximizar o valor do portfólio com foco em ativos rentáveis, repor a reservas de óleo e gás, inclusive com a exploração de novas fronteiras, aumentar a oferta de gás natural e promover a descarbonização das operações”, informa.
A Petrobras também encerrou os processos de desinvestimento do Polo Urucu (AM), o campo offshore de gás natural de Manati, também na Bahia, e da Petrobras Operaciones S.A. (subsidiária da Petrobras na Argentina).
“Quanto aos demais ativos, a sua permanência no portfólio será reavaliada periodicamente com base em premissas atualizadas de rentabilidade, aderência estratégica, oportunidades de descarbonização e estágio de sua vida produtiva. Aqueles cujo desinvestimento seja aprovado pela diretoria serão oportunamente comunicados ao mercado”, diz.
Já no segmento de gás e energia, a companhia dará sequência aos processos de desinvestimento relativos à participação de 20% na sociedade Brasympe, proprietária da unidade termoelétrica (UTE) Termocabo, movida a óleo combustível; à participação de 20% na UTE Suape II, também movida a óleo combustível, e à participação de 18,8% na UEG Araucária S.A.
“Essas decisões resultam de um processo de gestão ativa do portfólio da Petrobras, por meio do qual os diversos ativos são constantemente avaliados em linha com os direcionadores estratégicos mais atuais da companhia”, conclui.