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Polo Sebrae de Energias Renováveis reúne governança

Sebrae e Senai apresentam estrutura do Polo de Energias Renováveis em evento, que reúne a governança do setor no RN; programação começou ontem (3) e vai até sexta-feira (5) (Foto: Divulgação)

Lançado em agosto do ano passado, o Polo Sebrae de Energias Renováveis dá um importante passo para efetivar as operações e os atendimentos, voltados para o setor de energias limpas. O Sebrae no Rio Grande do Norte e Senai no estado realizaram a segunda reunião da governança do polo, que é o primeiro do país nesta área, a partir desta quarta-feira (3). O evento contou com a participação de representantes do Sebrae de 14 dos 18 estados que compõem a governança do polo. As atividades, como reuniões, palestras e visitas ocorrem até a próxima sexta-feira (5).

A sede do Polo Sebrae de Energias Renováveis começa a funcionar nas instalações do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), que fica no Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CT Gás-ER) do Senai, em Natal. No local, serão oferecidos atendimentos e soluções tecnológicas aos empreendedores ligados direta e indiretamente às cadeias de produção de energias solar fotovoltaica e eólica, além de biomassa. A ideia é conectar os atores dos vários elos do segmento de energias limpas, sobretudo pequenos negócios e startups, em um mesmo ambiente com toda a estrutura, que já inspira inovação.

Isso porque o ISI-ER já abriga laboratórios, especialistas, linhas de pesquisas e projetos de ponta, desenvolvidos em parceria com grandes corporações do setor energético do país, como é o caso da Petrobras. O local é reconhecido no Brasil como um relevante centro de qualificação de profissionais para atuação na indústria de geração de energias, inclusive as de fontes renováveis.

Os participantes foram recebidos na manhã de ontem (3) na sede do Sebrae pelos dirigentes Itamar Manso (presidente do Conselho), João Hélio Cavalcanti (diretor técnico) e Marcelo Toscano (diretor de Operações) e diretor de Operações do SENAI-RN, Emerson da Cunha Batista, além da gestora do Polo, Lorena Roosevelt, a gerente da Unidade de Desenvolvimento Setorial, Verônica Melo, e equipe técnica. Além dos gestores dos Sebrae estaduais, participam da programação a coordenadora de Energia do Sebrae Nacional, Juliana Borges, e Consuelo Melo, coordenadora dos Polos e Conteúdos, que fica na Unidade de Gestão de Soluções.

A visita aos espaços do Instituto abriu a programação das atividades de apresentação do polo. Os integrantes que compõem a governança do polo conheceram de perto as instalações do Senai. Em seguida, o grupo assistiu a uma palestra sobre tendências do mercado de energia fotovoltaica, proferida pelo consultor da Greener, Marco Conte.

O Polo Sebrae de Energias Renováveis servirá de referência para empreendedores e investidores deste setor em todos os estados brasileiros, que, via a rede de atendimento do Sistema Sebrae, passam a interagir e se conectar em busca de desenvolvimento do segmento no Brasil a partir de ideias, modelos de negócios e soluções inovadoras. De acordo com o diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, o polo promoverá essas conexões, criando conteúdos técnicos e fomento de oportunidades de negócios nessas áreas, de forma a contribuir para a participação competitiva dos pequenos negócios nas cadeias produtivas eólica, solar e biogás.

A estratégia é disponibilizar uma plataforma digital, que está sendo desenvolvida para dar escala ao atendimento, atrelada às atividades programadas para ocorrer nas instalações físicas. “Na prática, o Polo irá responder demandas da rede Sebrae, apontando soluções voltadas à ampliação do atendimento às empresas”, resume o diretor.

Desafio

Segundo a gestora do Polo Sebrae de Energias Renováveis, Lorena Roosevelt Lima, o polo tem o desafio de integrar a rede de atendimento Sebrae presente em todo o país, visando capacitar os pequenos negócios para participarem de forma competitiva das oportunidades trazidas pelas Renováveis no Brasil, seja consumindo energia limpa ou fornecendo produtos, serviços e tecnologias para o setor.

“O Brasil ganha centralidade na redução das emissões de carbono em nível global e os pequenos negócios podem ser os grandes promotores da transição energética dos combustíveis fósseis para fontes limpas e renováveis”, explica a gestora, que é analista técnica do Sebrae-RN.

O Sistema Sebrae possui atualmente 14 polos de referência no Brasil para impulsionar pequenos negócios em diversas áreas: Artesanato (RJ); Petróleo e Gás Offshore (RJ) Petróleo e Gás Onshore (BA); Ecoturismo (MS); Educação Empreendedora (MG); Liderança (PR); Sustentabilidade (MT); Agronegócio; Energias Renováveis (RN); Industria (RS); Bioeconomia (PA); Startups (SC); Economia Criativa (SP) e Turismo de Experiência (ES).

Cenário das renováveis

Essa é a visão do diretor do SENAI-RN, Rodrigo Mello, que ressalta a importância do momento vivido pelo ecossistema de inovação potiguar e que atividades que já vinham crescendo diariamente, voltadas às energias, serão incrementadas a partir desse investimento. O diretor observa que a chegada do Polo ao HIT, em Natal, terá, entre outros desdobramentos, a criação e o fortalecimento de programas e projetos no setor para todo o Brasil.

“Isso, certamente, deverá impulsionar e ampliar a participação de negócios de pequeno porte nessa cadeia produtiva de gigantes, além, claro, de aumentar ainda mais a importância do Rio Grande do Norte no contexto das atividades de energias renováveis para o Brasil”.

Só em parques eólicos em terra, são 25,04 Gigawatts (GW) em capacidade instalada atualmente no país. Para futuros parques offshore – a serem instalados no mar – o potencial medido apenas no litoral do RN e do Ceará é de aproximadamente 140 GW. “São 10 Itaipus”, disse ele, em uma comparação com a maior hidrelétrica em operação no Brasil e segunda maior no mundo. Nacionalmente, o Brasil tem potencial estimado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em 700 GW, número que chega a superar essa marca em outros estudos sobre o setor.

“Nós temos, no Brasil, a maior fronteira do mundo de geração de energia, que é o offshore, e somos um país continental, com sol disponível do Rio Grande do Sul ao Amapá e com uma característica especial no setor de energia solar fotovoltaica: a característica de uma atividade com atuação da empresa local, de micro e pequenas empresas que desenvolvem empregos locais e que fazem circular moeda no município”, destaca Rodrigo Mello acerca do cenário das energias limpas.

 

 

Fonte: Agência Sebrae de Notícias RN

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