Uma missão empresarial, liderada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no Rio Grande do Norte (Senai-RN), apresentará, a investidores do Reino Unido, o potencial potiguar na geração de energia eólica offshore (no mar). O grupo empresarial permanecerá no país até o próximo sábado (6), onde participará da conferência “Offshore Wind Connections” – um dos principais e mais conhecidos eventos de energia eólica offshore do país.
Ao longo da programação, a comitiva terá encontros com executivos do setor, conhecerá infraestruturas do setor e fará apresentação de vídeo institucional produzido para apresentar o estado como a mais nova fronteira da energia produzida a partir da força dos ventos no mar.
O objetivo é conferir, in loco, a operação de parques eólicos offshore – instalados no mar – prospectar oportunidades de negócios para o estado e mostrar o potencial brasileiro e o potiguar, na área, de olho em possíveis parcerias com empresas e instituições britânicas.
O Reino Unido é líder do setor eólico offshore na Europa e a expectativa é que a experiência do país seja uma das inspirações para os caminhos que o Brasil e o Rio Grande do Norte começam a trilhar nessa nova fronteira de investimentos no setor de energia.
Porque investir no RN
A primeira apresentação do vídeo “Caminhos para o futuro da energia limpa e do planeta”, destaca o porquê da solução na área passar pelo Brasil – e pelo RN – foi feita em Manchester, primeiro local a receber a comitiva, que também passará por Newcastle, Hull e Londres. O material audiovisual tem aproximadamente 2 minutos e mostra que o Brasil e o Rio Grande do Norte concentram grandes oportunidades no setor.
Representantes de 20 empresas e organizações potiguares participam da missão. O presidente da Fiern, Amaro Sales, é representado pelo diretor Roberto Serquiz, que também é o presidente eleito da Fiern e assumirá o mandato em outubro deste ano.
A programação inclui ainda visitas a centros de inovação, a instalações eólicas offshore, à infraestrutura portuária da região e participação na conferência “Offshore Wind Connections” – um dos principais e mais conhecidos eventos de energia eólica offshore do Reino Unido.
O diretor do Senai-RN) e do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello, o superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi-RN), Juliano Martins, o superintendente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no estado (Sebrae-RN), Zeca Melo e o diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), Leon Aguiar, também integram a missão.
Empresas potiguares que atuam em segmentos como construção civil, montagem de torres eólicas, engenharia, telecomunicações, consultoria em meio ambiente, alimentos e bebidas, portos, logística, transporte e apoio marítimo também participam.
Momento do offshore
A missão ocorre em um momento em que investimentos na área já são realidade na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos, e que, em território brasileiro, começam a despontar no horizonte também como oportunidades.
No Brasil, há a intensificação de estudos e um processo de regulamentação em curso para início da implantação dos primeiros complexos. Cerca de 74 empreendimentos previstos para a costa estão, atualmente, à espera de licenciamento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A maior parte da potência está concentrada no Nordeste.
O Rio Grande do Norte já é o maior responsável pela geração de energia eólica onshore (em terra) no país e, com atributos como posição geográfica estratégica, faixa costeira com mar de águas calmas e recurso eólico de qualidade comprovada, desponta como ponto ideal para implantação, também, de parques eólicos no mar.