Quase 50% da energia consumida pelos brasileiros em 2022 foi renovável, sendo que cerca de 90% da eletricidade foi renovável. Os dados foram apresentados pelo secretário de Planejamento e Transição Energética do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral, ao ressaltar as oportunidades do setor de energia renovável no Brasil, durante a abertura do evento “Imersão Indústria”, na noite desta segunda-feira (10/4), em Belo Horizonte. O evento é promovido pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).
Segundo o secretário, graças ao papel dos biocombustíveis, a hidroeletricidade e a participação crescente das fontes eólica e solar, o Brasil ocupa posição de destaque no processo de descarbonização.
“O Brasil tem grande potencial de se inserir globalmente nos mercados e a indústria pode e deve ser parceira desta pauta das mudanças climáticas conciliando os diferentes objetivos de desenvolvimento socioeconômico, sustentabilidade e inclusão social”, afirmou.
Ainda segundo Barral, ao combinar aspectos como a expertise e o papel de destaque na produção de energias renováveis, o país pode alcançar patamares diferenciados a nível mundial no processo de reindustrialização.
“Podemos combinar esta nossa liderança em energia renovável com uma indústria de óleo e gás forte, com capacidade de investimento, com a migração de expertise para as novas tecnologias, construindo um portfólio de soluções que poucos países têm condições de desenvolver como o Brasil. Queremos conectar a o desenvolvimento industrial, neste processo de reindustrialização, com as nossas ambições climáticas de redução de emissões de gases de efeito estufa”, explicou.
Políticas públicas
Em sua palestra, Barral destacou a importância em integrar e complementar políticas públicas, aprimorando marcos legais e regulatórios e fomentar inserção do Brasil nas novas cadeias de valor, em parceria e alavancando investimentos privados.
“A transição energética para uma economia de baixo carbono é parte essencial do combate às mudanças climáticas. O mundo precisa de políticas públicas, investimentos e inovação. Mas a transição não é só sobre descarbonização, mas também digitalização, descentralização, novas indústrias e cadeias de suprimento”, finalizou.