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Reservatórios do SIN fecharão 2023 com até 76% nos níveis

No acumulado dos últimos 12 meses, os dados também apontam aceleração: 2,0% (Reprodução)

A Energia Armazenada (EAR) no Sistema Interligado Nacional (SIN), ao fim deste ano, pode ser a quarta melhor da série histórica. Mesmo no cenário menos otimista, alcançará 59,7%. Na mais otimista, chegará a marca de 76,8% em energia armazenada. As previsões foram apresentadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) durante a reunião de julho do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).

As indicações de EAR para o Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO) para o mesmo período estão entre 78%, no limite superior, e 56,6%, no inferior. Caso se confirme o percentual mais baixo, ele estará 3,6 p.p. acima do aferido em dezembro de 2022 (53%). No SE/CO, estão concentrados 70% dos reservatórios de maior relevância para o SIN.

Os panoramas traçados para a afluência no período de julho a dezembro de 2023 apontam que a Energia Natural Afluente (ENA) no SIN deverá estar entre 76% e 114% da Média de Longo Termo (MLT). Se as condições mais favoráveis forem ratificadas, a ENA do SIN estará entre as melhores dos últimos sete anos.

Dessa forma, ainda pelas estimativas mais atuais do operador, dois pontos que marcaram o primeiro semestre do ano devem se repetir ao longo do segundo: o Custo Marginal de Operação (CMO) permanecer com o valor zerado em todos os subsistemas e o despacho de usinas térmicas continuar restritos em suas inflexibilidades, ou seja, aqueles obrigatórios por contrato.

Período seco e temporada dos ventos

Os meses de julho, agosto e setembro correspondem à estação seca nas bacias hidrográficas do Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste, que coincide com o período de intensificação dos ventos na região Nordeste, permitindo a complementaridade da geração hidráulica.

Segundo informou o ONS, o período favorável, informalmente denominado de “safra dos ventos”, registra recordes de geração eólica. No primeiro do ano, ocorrido em 22 de junho, a geração eólica atingiu o valor médio diário de 14.813 MWmed no subsistema Nordeste, o que correspondeu a 125,3% da carga da região no dia. O período seco também favorece a geração fotovoltaica devido ao predomínio de céu claro.

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